segunda-feira, 30 de junho de 2008

Campeã do Enem

Em Belo Horizonte, a jovem Luísa Lima de Castro está contando os dias para que chegue o segundo semestre do ano. É quando ela inicia oficialmente o sonhado curso de Medicina, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com 100% de aproveitamento no Enem do ano passado, Luísa foi a campeã nacional do exame. O feito foi essencial para compor a nota final para aprovação no vestibular da federal mineira.
A estudante cursou o ensino médio no Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais. Luísa acertou todas as questões da prova objetiva e tirou nota máxima na redação. "Creio que o ensino que tive no Cefet foi essencial para a aprovação", diz.
Ela conta que fez a prova com tranqüilidade e que não imaginava acertar todas as questões. "Foi uma surpresa", diz. A jovem afirma que gosta muito de literatura nacional e estrangeira, lendo obras de diversos autores. Não possui assinatura de jornais ou revistas mas, sempre que pode, confere os periódicos para ficar informada sobre os acontecimentos do dia-a-dia.
Com a aprovação no Enem, ela dedicou-se com afinco para o vestibular da UFMG. "Em média eu estudei quatro horas por dia. Claro que é preciso sair menos com os amigos, mas algumas rotinas, como ir à missa aos domingos e fazer caminhadas diárias, eu mantive", ressalta. Para o futuro, ela afirma que ainda não sabe qual especialidade médica irá seguir. A decisão deve vir durante a formação.
Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), organizador do Enem, outros 14 alunos ficaram na segunda posição do ranking nacional no ano passado. O exame de 2007 trouxe uma novidade: os candidatos obtiveram as maiores médias nas questões objetivas dos últimos cinco anos. De um total de 63 questões, a média foi de 51,52 em 100 pontos possíveis. Em 2006, por exemplo, a nota média foi de 36,90. Este ano, a prova do Enem ocorre em 31 de agosto. Ano passado, quase três milhões de estudantes fizeram o exame. [portal terra]

Indivdualismo e vontade de poder

Friedrich Nietzsche era formado em filologia clássica e não em filosofia. Tornou-se filósofo, segundo ele mesmo diz, devido à leitura de Schopenhauer. Concorda com a visão de mundo deste filósofo em três questões essenciais: a) a inexistência de Deus; b) a inexistência de alma; c) a falta de sentido da vida, que se constitui de sofrimento e luta, impelida por uma força irracional, que podemos chamar de vontade.No entanto, ao contrário de Schopenhauer, Nietszche não vê a realidade repartida em duas, o fenômeno e a coisa em si. Considera que este mundo é a única parte da realidade e que não devemos rejeitá-lo ou nos afastarmos dele, mas viver nele com plenitude. Como, porém, fazer isso num mundo sem Deus e sem sentido?Nietszche começa a resolver o problema fazendo um ataque à moral e aos valores existentes na sociedade que lhe é contemporânea. Segundo o filósofo, esses valores derivam de civilizações já inexistentes, como a grega e a judaica, e de religiões em que muitos - senão a maioria - já não têm fé. Precisamos, portanto, de uma nova base para assentar nossos valores.
Justiça dos fracos
A civilização, de acordo com o Nietzsche, foi criada pelos fortes, pelos inteligentes, pelos homens competentes, os líderes que se destacaram da massa. Moralistas como Sócrates e Jesus, porém, negaram essa realidade em nome dos fracos.Propagando uma moral que protegia os fracos dos fortes, os mansos dos ousados, que valorizava a justiça em vez da força, eles inverteram os processos pelos quais o homem se elevou acima dos animais e exaltaram como virtudes características típicas de escravos: abnegação, auto-sacrifício, colocar a vida a serviço dos outros.
"Super-homem"
Considerando que tais valores não têm origem divina ou transcendente, Nietzsche afirma que somos livres para negá-los e escolher nossos próprios valores. Ao "tu deves" devemos responder com o "eu quero". É a vontade de poder que permite ao indivíduo que se autoelege desenvolver seu potencial máximo de modo a tornar-se um super-homem ou um ser além-do-homem - isto é, que se coloca acima da massa.Nietzsche identifica o "super-homem" em personagens como Napoleão, Lutero, Goethe e até mesmo Sócrates (não por suas idéias, mas pela coragem de levá-las às últimas conseqüências). Enfim, no líder que tem vontade de poder, que ousa tornar-se o que realmente é. É assim que se afirma a vida e se pode atingir a auto-realização.Naturalmente, o filósofo sabe que isso não vai abolir os conflitos e nem se preocupa com isso, pois considera os conflitos como um estímulo. De resto, querer abolir a competição, a derrota e o sofrimento é o mesmo que pretender abolir a lei da gravidade.
Desafio e resposta
O pensamento nietzschiano pode ser avaliado sob duas perspectivas. Por um lado, ele postula um supremo desafio ético ao propor uma reavaliação radical dos valores morais da humanidade. Nesse sentido, ele apresentou o problema sobre o qual iriam se debruçar muitos filósofos do século 20, a partir dos existencialistas.Por outro, a resposta que ele propõe a esse desafio - marcada pelo individualismo e pela "lei do mais forte" (que pode ser também o mais inteligente ou o mais talentoso) - desaguou no nazi-fascismo, que se apropriou de suas idéias e o usou em sua propaganda. No encontro histórico de Mussolini e Hitler, em 1938, o líder alemão presenteou o italiano com uma coleção das obras de Nietzsche.Convém lembrar, porém, que o filósofo já em sua época ridicularizava o nacionalismo alemão. Quanto ao seu propalado anti-semitismo, pode ser desmentido por um de seus próprios aforismos: "Os anti-semitas não perdoam os judeus por terem intelecto e dinheiro. Anti-semita: outro nome para 'roto e esfarrapado'".Não se pode falar de Nietzsche sem comentar o aspecto literário de sua obra. A maioria de seus livros não é escrita no tipo de prosa dissertativa característica da filosofia, com argumentos e contra-argumentos expostos na íntegra. Ao contrário, estão sob a forma fragmentária de aforismos e parágrafos numerados separadamente, ou ainda como epigramas ou na linguagem dos textos religiosos, como se vê em uma de suas obras mais conhecidas: "Assim falou Zaratustra".

Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação. olivieri@pagina3ped.com

Luz fluorescente faz mal à saúde?


Os especialistas são unânimes: luz fluorescente não faz mal à saúde e nem prejudica a visão. O único efeito negativo possível, como qualquer outro tipo de lâmpada, é cansaço quando a intensidade luminosa for insuficiente à realização de uma atividade, como a leitura, por exemplo. Por isso, o importante é buscar uma luz que proporcione conforto.
Há certas crendices sem fundamento em relação ao que é prejudicial. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmoloogia (CBO), pouca luz, computador, televisão, videogame ou muito estudo não enfraquecem a visão, apenas podem causar cansaço e irritabilidade nos olhos. Nenhum esforço visual é prejudicial, independente da idade da pessoa. Se ela precisar de óculos não será porque leu demais ou de menos. Então, não dá para usar essa desculpa para deixar de estudar.
Mas a idéia que as lâmpadas fluorescentes faziam mal não é completamente infundada. Antigamente, os equipamentos eram mais precários e podiam causar algum tipo de estresse visual. Isso porque os reatores eram mais simples e trabalhavam em 60 ciclos ¿ hertz (unidade de medida de ciclos, oscilações ou freqüências por segundo, descoberto pelo físico alemão Heinrich R. Hertz). Isso provocava o efeito de estroboscópico, quando não se percebem alguns movimentos pelo fato de a lâmpada piscar na mesma freqüência em que o objeto se move, gerando estresse visual.
Hoje, segundo a fabricante de lâmpadas Osram, as lâmpadas fluorescentes de qualidade funcionam com reatores eletrônicos de alta freqüência, na faixa de 35 mil ciclos ¿ hertz, o que traz maior qualidade. Por isso, as que operam com reator eletrônico não cansam a visão.
Quando comparadas às incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas, ou seja, as que usamos em casa, possuem a vida útil maior e consomem menos energia elétrica. Porém, são comercializadas por um preço mais elevado. Uma curiosidade é que, ao longo da vida da fluorescente, há uma redução do fluxo luminoso, o que significa que ela iluminará menos do que no início da sua utilização.
A utilização deste tipo de lâmpada reduz significativamente a exploração dos recursos naturais, pois, quanto menor o consumo de energia, menor será a necessidade de novas usinas para produzi-la. Depois do apagão de 2001, o consumo de fluorescente explodiu no Brasil, o que resultou em um aumento significativo das importações do produto, nem sempre de qualidade.
Por isso, o governo federal editou algumas normas e, desde o final de 2007, exige-se a aprovação destes produtos no Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), que verifica a conformidade da lâmpada, atestando as aprovadas por meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), afixada ao produto. A etiqueta mostra que a lâmpada passou por vários ensaios fotométricos, de vida e de depreciação para provar ser mais eficiente que as lâmpadas incandescentes. Uma das conclusões do trabalho do Inmetro é que as lâmpadas compactas produzidas no Brasil não são prejudiciais ao ambiente.
Mais uma curiosidade: a lâmpada fluorescente tem sua vida média dimensionada para oito acendimento diários e, a cada acendimento a mais, terá sua vida diminuída. Se o número de acendimentos for menor, a vida útil aumenta proporcionalmente. Assim, recomenda-se que, quando saímos de um ambiente por tempo superior a 15 minutos, devemos apagar a luz e, quando não ultrapassarmos esse tempo, é mais econômico deixá-la ligada.

domingo, 29 de junho de 2008

Alunos pagam por trabalho

A administração da Universidade da Cidade de Birmingham, na Inglaterra, relatou um problema que começa a sair do controle: cerca de 1.000 estudantes de cursos de programação do mundo inteiro estão contratando mão de obra indiana para trapacear em seus trabalhos.
Segundo o site TG Daily, os estudantes fazem uso da mão de obra barata no estrangeiro para não precisarem se preocupar com a entrega de trabalhos. As falcatruas vão desde projetos simples até monografias de pós-graduação.
Os programadores indianos se oferecem em sites como o rentacoder.com (na tradução, algo como alugueumprogramador.com), que funcionam como leilões ao contrário, em que o contratante descreve o serviço e o profissional que se propuser a fazer por menos recebe o trabalho.
Embora trabalhos mais elaborados cheguem a custar US$ 200, algumas das tarefas podem ser feitas por apenas US$ 10. Para completar, mesmo monitorando sites com estes tipos de ofertas, pouco pode ser feito, já que por causa da estruturação de código é praticamente impossível detectar a fraude.
O problema pode ficar maior com o surgimento de mais sites, bem como a expansão do trabalho barato também para a Romênia.
A terceirização de código não é algo incomum ou novo, mas quando passa a ser usada como trapaça, pode inundar o mercado de profissionais despreparados.

Participação de avós em educação beneficia crianças

Crianças crescem mais felizes e ajustadas quando os avós desempenham um papel importante em sua educação, segundo um estudo realizado por cientistas da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

A coordenadora do estudo, Ann Buchannan, disse que a proximidade entre netos e avós é benéfica para as crianças e cada vez mais comum diante da atribulada rotina de trabalho dos pais.
"O que foi especialmente interessante foi identificar a ligação entre a presença dos avós e o bem-estar das crianças", disse Buchannan.
"E só proximidade não basta; apenas os avós que participaram de verdade na educação é que provocaram um impacto positivo em seus netos", afirmou a pesquisadora.
Divórcio - Os pesquisadores acompanharam mais de 1,5 mil crianças e adolescentes, de 11 a 16 anos, cujos avós substituíam os pais na realização de algumas tarefas diárias.
Eles observaram que os avós foram muito importantes ao ajudá-los a superar dificuldades do dia-a-dia, como implicância de colegas da escola, aconselhá-los sobre qual universidade escolher e planejar o futuro.
A pesquisa apontou também que os avós podem ajudar as crianças a superar traumas, como o divórcio dos pais.
"Em épocas de separações dos pais muitos avós desempenharam um papel importante ao trazer conforto aos netos e estabilidade a toda família", disse Eirini Flouri, do Instituto de Educação de Londres, que participou do estudo.
De acordo com o trabalho, quase um terço das avós maternas tomam conta dos netos regularmente na Grã-Bretanha e quatro em cada 10 o fazem esporadicamente.

Crianças que jantam com pais têm notas melhores

Um estudo britânico afirma que crianças inglesas que sentam à mesa junto com os pais todas as noites para jantar obtêm notas melhores na escola do que as demais.
O levantamento intitulado As atividades e experiências das crianças de 16 anos na Inglaterra em 2007, publicado nesta quinta-feira pelo departamento de Crianças, Escolas e Família do governo britânico, foi feito com 20 mil alunos ingleses.
"Há uma forte relação entre refeições regulares à noite com a família e o desempenho no GCSE (os exames escolares feitos por todos os secundaristas na Grã-Bretanha)", afirma o relatório.
"Metade dos que quase sempre têm uma refeição com a família à noite obtiveram nota 8 ou superior no GCSE, comparado com quase um terço das crianças que quase nunca têm (refeições com a família à noite)."
As estatísticas indicaram que uma boa relação dos filhos com os pais tem resultado direto no desempenho escolar. A pesquisa sugere ainda que as crianças que têm limite de horário para sair à noite têm desempenho melhor na escola. Segundo os dados, 60% das crianças com notas altas tem hora determinada pelos pais para voltar para casa.
A pesquisa também traz dados sobre um problema que preocupa muitos pais na Inglaterra e nas demais nações da Grã-Bretanha - a intimidação das crianças por demais colegas.
"Em média, aqueles que disseram ter sido intimidados foram substancialmente pior nos seus testes de GSCE do que aqueles que não foram (intimidados)", afirma o relatório.
"Aqueles que disseram ter sido intimidados têm o dobro da probabilidade de não estar empregado, estudando ou em treinamento aos 16 anos."

Windows XP sai do mercado

O Windows XP, que deixará de ser vendido pela Microsoft no próximo dia 30, terá o que a empresa chamou de "uma longa despedida", com suporte técnico garantido até 2014.
A Microsoft busca atender, de certa forma, a vários pedidos de que o XP não fosse descontinuado, principalmente por causa da insatisfação dos consumidores com o
Windows Vista, sistema operacional sucessor do XP.
A desenvolvedora de softwares promete que o XP não desaparecerá "da noite para o dia" no final deste mês, mas apenas deixará de ser vendido. No caso de fabricantes de hardware que oferecem o produto já instalado, será possível adquirir um PC equipado com Windows XP até janeiro de 2009.
Após 30 de junho, quem já tiver o sistema instalado contará com suporte técnico e
atualizações até 2014.
Além disso, o sistema será oferecido em versão com capacidade reduzida para laptops de baixo custo (OLPCs) até 2010.
Existe ainda a possibilidade do downgrade, para aqueles que têm o Windows Vista e querem retornar ao XP.
A aposentadoria do XP faz parte dos esforços da Microsoft para emplacar o Vista, lançado em janeiro de 2007, que não teve o sucesso esperado entre consumidores e especialistas.